“O resultado que se verifica é um processo de desmonte do corpo docente", destaca um trecho da nota
Repúdio! A ABEPSS divulga uma segunda nota pública contra as novas demissões na Emescam-Vitória e manifesta seu apoio e solidariedade aos oito docentes arbitrariamente demitidos e mais uma demissionária sob pressão. Os/as profissionais atuavam no Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Desenvolvimento Local (Mestrado) da instituição.
“O resultado que se verifica é um processo de desmonte do corpo docente, o que, certamente, inviabiliza a sustentabilidade do Programa”, destaca a associação na nota.
Clique aqui e confira a primeira nota.
Confira abaixo a nota:
A ABEPSS REPUDIA AS DEMISSÕES QUE VEM OCORRENDO NA EMESCAM-VITÓRIA E SE SOLIDARIZA AOS NOVOS DOCENTES DEMITIDOS
A Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) vem a público manifestar seu apoio e solidariedade aos oito docentes arbitrariamente demitidos e mais uma demissionária sob pressão, acarretando a perda de nove docentes do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Desenvolvimento Local (Mestrado) da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória - EMESCAM. O resultado que se verifica é um processo de desmonte do corpo docente, o que, certamente, inviabiliza a sustentabilidade do Programa. Ressalta-se que se trata de um coletivo de profissionais com um perfil de formação diversificada, marcadamente interdisciplinar e comprometidos com uma proposta de formação densa e crítica na área de Serviço Social. São docentes possuidores de diferentes conhecimentos, culturas, histórias de vida e posicionamentos ideopolíticos construídos coletivamente na defesa das políticas públicas, dos direitos humanos, consolidando importantes contribuições para a produção de conhecimento e intervenção na realidade local.
As demissões foram aplicadas a docentes que se empenharam ao longo de uma vida acadêmica na instituição com o intuito de garantir a excelência do Mestrado, em um momento em que a instituição de ensino superior passou a adotar uma política de gestão acadêmica na qual vem prevalecendo a tomada de decisões arbitrárias, posturas recalcitrantes e ausência de diálogo em detrimento ao corpo docente e à liberdade de cátedra. Esse processo de demissão repercutiu de forma deletéria no processo de ensino, pesquisa, orientações e inserção social, que compõem as atividades de um Programa de Pós-Graduação e, ao mesmo tempo, gera inseguranças quanto ao andamento do processo de formação dos discentes, sobretudo, em tempo de judicialização da avaliação quadrienal.
Reitera-se a exigência imediata de valorização e respeito dos docentes arbitrariamente demitidos pelo caráter importante e estratégico que, até então, o Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Desenvolvimento Local tem exercício para a formação pós-graduada na área de Serviço Social e na inserção social local e regional para o desenvolvimento científico e técnico do país.
